Este capítulo contém a parte do trabalho que se refere à análise dos espectros das galáxias (Seções 2.1 e 2.2). O objetivo deste capítulo é verificar observacionalmente as previsões teóricas de que as barras em galáxias adquirem uma importante estrutural vertical após cerca de 1 Gano. Se for possível identificar barras verticalmente finas e espessas, concluindo que esta diferença entre elas está relacionada com a diferença na idade delas, então teremos um diagnóstico poderoso e importante, que nos permite fazer uma estimativa acerca da idade da barra. Assim, podemos identificar quais barras são jovens, recentemente formadas, e quais barras já estão presentes na galáxia há mais tempo, mais precisamente, há mais de 1 Gano. As últimas, então, poderão ter sofrido os processos de evolução secular, e provocado alterações substanciais em diversas propriedades da galáxia hospedeira. Poderemos identificar propriedades de galáxias e de barras, que são conseqüência da diferença nas idades das barras. De fato, este diagnóstico nos será útil como parte da argumentação no Capítulo 4.
Para fazer esta verificação observacional em galáxias barradas vistas de face, precisamos medir a dispersão
de velocidades estelares 
na direção vertical das barras. Isto porque é o aumento substancial no valor
de que provoca o espessamento da barra. Para tanto, obtivemos espectros ao longo dos eixos maior
e menor das barras, e os utilizamos para determinar a distribuição de velocidades ao longo da linha de visada
(LOSVD - ``Line of Sight Velocity Distribution''; Seção 2.3), que neste caso é ao longo do eixo vertical das
galáxias, o que nos permitiu determinar em pontos distintos ao longo dos eixos da barra. Nossos
espectros cobrem a região do tripleto de Magnésio, com linhas de absorção reconhecidamente adequadas
para este tipo de análise.